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A HISTÓRIA ORAL NA INTERNET
Sergio Aparecido Nabarro
Doutorando em Geografia pela Universidade de São Paulo
<sergionabarro@usp.br>
A História Oral na
Internet (Resumo).
Embora a história oral seja atualmente uma metodologia de pesquisa qualitativa bastante utilizada em investigações nas diferentes áreas das Ciências Humanas, poucos são os cursos de orientação, formação e capacitação disponíveis especificamente sobre ela. Assim, o presente artigo tem por objetivo discutir a utilização da história oral enquanto técnica de investigação para o desenvolvimento de pesquisas, bem como informar ao leitor sobre a presença de associações, revistas, textos e sites sobre esta metodologia disponíveis na internet.
Palavras chave: história
oral, pesquisa, internet.
La Historia Oral en la Internet (Resumen).
Aunque la historia oral sea actualmente una metodología de pesquisa cualitativa bastante utilizada en investigaciones en las áreas de las Ciencias Humanas, pocos son los cursos de orientación, formación y capacitación disponibles sobre ella. Por lo tanto, el presente artículo tiene por objetivo discutir la utilización de la historia oral como técnica de investigación para el desarrollo de pesquisas e informar al lector sobre la existencia de asociaciones, revistas, textos y sitios sobre esta metodología disponibles en la internet.
Palabras clave: historia
oral, pesquisa, internet.
The Oral History on the Internet (Abstract).
Although oral history is currently a qualitative research methodology widely used in research in different areas of Humanities, few orientation courses, training and capacity available on it. Thus, this article aims to discuss the use of oral history as a research technique for the development of research as well as inform the reader about the presence of associations, journals, texts and websites about this methodology available on the internet.
Keywords: oral history, research, internet.
De acordo com a Associação Brasileira de História Oral (ABHO), história oral é uma metodologia de pesquisa qualitativa, criada na década de 1950 a partir da invenção do gravador, que consiste em gravar, transcrever, analisar e interpretar entrevistas realizadas “com pessoas que viveram ou testemunharam acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida, ou outros aspectos da história contemporânea”[1].
A utilização da história oral possibilita aprofundar a pesquisa qualitativa e avançar por um caminho não registrado nos documentos. O uso dessa metodologia de investigação fornece informações, opiniões e detalhes sobre fatos que uma pesquisa apenas documental poderia ocultar.
No entanto, se atualmente esta metodologia é utilizada por historiadores, psicólogos, antropólogos, geógrafos, filósofos e cientistas sociais, nas décadas de 1960 e 1970 foi muito questionada por historiadores entre outros pesquisadores ligados às Ciências Humanas tendo em vista que rompia com os tradicionais métodos de produção histórica, entre eles a pesquisa embasa em documentos. O principal argumento dos críticos dessa metodologia seria de que as pessoas nem sempre se recordam claramente dos fatos, e de que sua ideologia, sua maneira de ver o mundo, poderia deturpar a análise do pesquisador. Entretanto, produzir conhecimento utilizando fontes orais não se constitui apenas como ouvir a entrevista e escrever exatamente o que o entrevistado relatou. É preciso interpretar a fala, analisar e confrontar as informações com dados, documentos e demais fontes de informações disponíveis. É fundamental que o pesquisador saiba identificar discursos, ideologias, valores morais e culturais presentes na fala do entrevistado. Essa identificação faz parte do método de investigação, ou seja, saber os motivos de determinada interpretação por parte do entrevistado, ou ainda, saber o porquê da ocultação de alguns fatos e detalhes.
Para uma utilização adequada da história oral enquanto metodologia de pesquisa é necessário entender como ela se constitui e se organizada. Com esse objetivo, elaboramos o presente texto introdutório sobre o tema, que além desta introdução e das considerações finais, encontra-se dividido em duas partes. A primeira delas História oral: uma metodologia de pesquisa, apresentamos alguns fundamentos que constituem a metodologia bem como as possibilidades de utilização da história oral em pesquisas vinculadas às Ciências Humanas. Na segunda parte, intitulada A história oral na Internet, indicamos ao leitor algumas associações, revistas eletrônicas, sites e textos acadêmicos sobre esta metodologia que estão disponíveis na internet.
História oral: uma metodologia de pesquisa
Muitos são os pesquisadores que formularam definições para história oral. Entretanto, o entendimento que consideramos mais esclarecedor foi formulado pelos professores Thad Sitton, George Mehaffy e David Jr[2].
“A história oral são as memórias e recordações das pessoas vivas sobre seu passado. Como tal, está submetida a todas as ambiguidades e debilidades da memória humana; não obstante, nesse ponto, não é consideravelmente diferente da história como um todo, a qual, com frequência, é distorcida, subjetiva e vista pelo cristal da experiência contemporânea”.
Um elemento fundamental que compõe os estudos com fontes orais é a memória. Não há como dissociar a história oral com os estudos da memória. Para Le Goff (2003), “a memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje, na febre e na angústia[3]”.
Para Neves (2000), no desenvolvimento de qualquer projeto que tenha como objetivo a construção da identidade, a adoção da história oral como metodologia de pesquisa é fundamental. Segundo esta autora,
“Quando se emprega a metodologia da história oral, um projeto previamente elaborado (...) orienta o processo de rememorar e relembrar sujeitos históricos, ou mesmo de testemunhas da história vivida por uma coletividade. Desta forma, os depoimentos coletados tendem a demonstrar que a memória pode ser identificada como processo de construção e reconstrução de lembranças nas condições do tempo presente. Em decorrência, o ato de relembrar insere-se nas possibilidades múltiplas de elaboração das representações e de reafirmação das identidades construídas na dinâmica da história. Portanto, a memória passa a se construir como fundamento da identidade, referindo-se aos comportamentos e mentalidades coletivas, uma vez que o relembrar individual – especialmente aquele orientado por uma perspectiva histórica – relaciona-se à inserção social e histórica de cada depoente”[4].
Para iniciar a utilização da história oral em pesquisas, é preciso esclarecer as modalidades existentes dentro da metodologia para entender as possibilidades que ela pode oferecer para o desenvolvimento de uma pesquisa.
A história oral está subdividida em três modalidades: história de vida, relatos orais e depoimentos orais. Para as historiadoras Schmidt e Cainelli (2009), as histórias de vida, por tratarem de um recorte mais amplo em relação ao entrevistado, permitem ao entrevistador relacionar às varias facetas do entrevistado com a história de seu grupo familiar e social. Por outro lado, os relatos e os depoimentos orais são conduzidos a partir de um tema em específico produzindo informações e dados mais delimitados.
A utilização da história oral exige alguns procedimentos. Segundo Meihy (1998), primeiramente, é preciso escolher o grupo social ou lugar que será estudado. Essa escolha é definida no momento da construção do projeto de pesquisa, de acordo com os objetivos que se pretende alcançar. Após a escolha do grupo, ou da delimitação do recorte espacial, é necessário fazer investigar dentro do grupo ou do recorte espacial quem são os possíveis entrevistados. Essa etapa consiste num levantamento prévio de informações para saber quem são as pessoas que podem contribuir com a pesquisa.
A realização, e gravação, da entrevista também exige alguns procedimentos importantes. Além da criação de um ambiente de confidencialidade por parte do entrevistador, após o consentimento do entrevistado de conceder as informações, é necessário que o pesquisador registre o nome do projeto, data, local e nomes do entrevistador e do entrevistado. Quando está utilizando a história oral de vida, é necessário evitar as interrupções para não comprometer a linha de raciocínio do entrevistado.
Com o término da entrevista, uma nova fase se inicia. É preciso transformar o depoimento gravado em texto. Esse procedimento é fundamental para a interpretação e análise das informações concedidas pelo entrevistado. Segundo Meihy (1998), essa fase está dividida em 3 etapas (transcrição, textualização e transcriação). A transcrição consiste em transcrever exatamente a fala do entrevistado, inclusive as palavras pronunciadas repetidamente ou incorretamente. A textualização consiste em incorporar as perguntas do entrevistado às respostas do entrevistador, ou seja, transformar a entrevista em um texto sem interrupções. Isso facilita a compreensão, pois torna o texto mais claro. A última, e mais importante das três etapas, é a transcriação. É nessa fase que o pesquisador atua de maneira mais ativa. Ele pode inserir ou suprimir palavras ou frases, inverter a ordem das frases ou parágrafos para dar mais coerência ao texto. Entretanto, é fundamental manter as ideias e informações fornecidas pelo entrevistado. A transcriação produz um texto mais claro e coerente, mas de maneira alguma pretende alterar o sentido do que foi dito pelo entrevistado.
Após estes procedimentos, cada pesquisador, de acordo com os objetivos de sua pesquisa e seu referencial teórico-metodológico, irá analisar e interpretar as informações fornecidas por meio das fontes orais.
Além de estudos sobre identidade, a história oral também pode ser empregada em pesquisas sobre a vida cotidiana, cultura, produção e reprodução das relações sociais e investigações sobre relações de poder, produção do espaço, entre outros temas. Por meio desta metodologia, é possível ainda desenvolver estudos sobre modo de vida, ideologia e Educação.
Na Geografia, por exemplo, a metodologia geralmente nos estudos sobre o modo de vida, sobretudo de populações tradicionais ou comunidades rurais. Essas investigações visam entender as transformações do modo de vida de determinado grupo social para entender como as práticas sociais cotidianas foram transformadas em virtude de fatores econômicos, sociais e culturais e como essa mudança no modo de vida conformam novas territorialidades e cria novas contradições.
Nos estudos sobre ideologia, normalmente desenvolvidos por filósofos, psicólogos e sociólogos, a história oral é empregada para pautar o entendimento de como os discursos são socialmente construídos e como essa construção afeta as relações sociais e a reprodução social. A análise do discurso do entrevistado, ou seja, o entendimento da sua maneira de ver o mundo abre caminho para desvendar as relações de dominação e as contradições ali estabelecidas, tanto na escala local, quanto regional e global.
Nos estudos sobre Educação, a história oral é usada para situar o aluno como participante da História. Geralmente, por meio da metodologia, o professor visa resgatar a história local (do bairro, ou do município) para que o educando perceba sua participação enquanto agente produtor e transformador da realidade onde está inserido. Esses trabalhos visam ainda, recuperar a autoestima dos educando bem como valorizar a comunidade onde a escola está situada. Para as historiadoras Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli[5], a história oral na Educação pode ir muito além das possibilidades aqui apresentadas. Para as autoras, a utilização dessa metodologia com os educandos pode melhor sua maneira de desenvolver relações interpessoas e pode mudar sua maneira de ver a escola.
A história oral na internet
São muitas as possibilidades de utilização da história oral. A seguir apresentamos alguns sites de associações e revistas e textos sobre a metodologia disponíveis na internet para que o leitor possa aprofundar seus conhecimentos sobre a história oral.
Associações e
Institutos
International Oral History Association (IOHA)
A Associação Internacional de História Oral é uma das mais importantes para a divulgação da metodologia no mundo. Criada em 1996, durante a IX Conferência Internacional de História Oral, realizada em Gotemburgo (Suécia), tem por objetivo destacar a historia oral como importante fonte para a compreensão da natureza humana e das sociedades contemporâneas[6]. O site pode ser acessado pelo endereço <http://www.iohanet.org/> nos idiomas inglês e espanhol. Neste site há informações sobre encontros e congressos sobre história oral, bem como a divulgação de outras associações sobre ligadas à metodologia[7].
Figura 1. Página da International Oral History
Association (IOHA) na Internet.
Fonte: <http://www.iohanet.org/>.
Oral History
Association (OHA)
Criada em 1966, e sediada nos Estados Unidos, a Associação de História Oral tem por objetivo difundir pesquisas e projetos sobre ensino utilizando a história oral como metodologia. A OHA premia ainda, anualmente, as melhores pesquisas sobre essa temática. O site pode ser acessado pelo endereço <http://www.oralhistory.org/> e apenas versão em inglês. Neste endereço é possível encontrar revistas eletrônicas, textos e o calendário dos eventos sobre história oral nos Estados Unidos e no Mundo.
Figura 2. Página da Oral History Association (OHA) na Internet.
Fonte: <http://www.oralhistory.org/>.
Oral History Society
Sediada na Inglaterra, a Sociedade de História Oral, organiza eventos e conferencias e divulga documentos e textos sobre história oral. O site pode ser acessado pelo endereço <http://www.oralhistory.org.uk/> e está disponível apenas em inglês.
Figura 3. Página da Oral History Society na Internet
Fonte: <http://www.oralhistory.org.uk/>.
Historia,
Antropología y Fuentes Orales (HAFO)
Vincula ao Arquivo Municipal da Cidade de Barcelona, ao Departamento de História Contemporânea da Universitat de Barcelona e à Universidad de Granada, a HAFO edita, desde 1989 a revista Historia, Antropología y Fuentes Orales (HAyFO). Fundada pela professora Mercedes Vilanova, o HAFO tem por objetivo “ser um meio científico aberto (...) às aproximações de distintas disciplinas e à diversidade de métodos de análise social, principalmente a historiadores, antropólogos e pesquisadores que trabalham com fontes orais”[8]. O site está disponível em espanhol e pode ser acessado pelo endereço <http://www.hayfo.com/hafo/es.html>.
Figura 4. Página da Historia, Antropología y Fuentes
Orales (HAFO) na Internet.
Fonte: <http://www.hayfo.com/hafo/es.html>.
Ahozko
Historiaren Artxiboa (AHOA)
O Arquivo de História Oral do País Basco foi criado em 2004, tendo por objetivos preservar a memória e a cultura para as gerações futuras. O site da AHOA pode ser acesso pelo endereço <http://www.ahoaweb.org/>, nos idiomas basco, inglês e espanhol. O site oferece notícias, arquivos de áudio com entrevistas realizadas por seus pesquisadores, bem como transcrições dessas entrevistas.
Figura 5. Página da Ahozko Historiaren Artxiboa na
Internet.
Fonte: <http://www.ahoaweb.org/>.
Red Latinoamericana de Historia Oral (RELAHO)
Sediada em Buenos Aires – Argentina, a rede foi criada oficialmente em 2005. No entanto, a ideia de constituir uma rede de pesquisadores de história oral na América Latina surgiu num congresso sobre essa temática realizado, em 1995, pela Columbia University, em Nova York. A RELAHO organiza encontros periódicos, e congressos a cada dois anos. O site da rede pode ser acessado no endereço <http://www.relaho.org/>. O site pode ser acessado em espanhol e português e oferece artigos, documentos, revistas e vídeos para consulta on-line. Acessando o site da RELAHO é possível ainda entrar em contato com a rede por meio das redes sociais Youtube, Facebook e Twitter.
Figura 6. Página da Red Latinoamericana de Historia
Oral (RELAHO) na Internet.
Fonte: <http://www.relaho.org/>.
Asociación de
Historia Oral de la República Argentina (AHORA)
Criada em 2004, e sediada na cidade de Buenos Aires, a AHORA promove eventos, palestras e conferências sobre história oral e disponibiliza em seu site documentos, artigos, revistas e entrevistas. Há ainda vídeos de conferências onde pesquisadores discutem a metodologia. O site pode ser acesso através do endereço <http://www.historiaoralargentina.org> e está disponibilizado apenas em espanhol.
Figura 7. Página da Asociación de Historia Oral de
la República Argentina na Internet.
Fonte: <http://www.historiaoralargentina.org>.
Associação Brasileira de História Oral (ABHO)
“Criada em 1994, e sediada Rio de Janeiro, a ABHO reúne estudiosos e pesquisadores das áreas de história, ciências sociais, antropologia e educação que utilizam a história oral como metodologia de pesquisa”[9]. O site da ABHO está disponível pelo endereço <http://www.historiaoral.org.br/>, é disponibilizado apenas em português. No site é possível acessar anais de encontros sobre história oral, bem como visualizar a agente de eventos e notícias sobre o tema.
Figura 8. Página da Associação Brasileira de
História Oral (ABHO) na Internet.
Fonte: <http://www.historiaoral.org.br/>.
Centro de
Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)
Ligado à Fundação Getúlio Vargas, o CPDOC tem sede nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Tem por objetivo “abrigar conjuntos documentais relevantes para a história recente do país, desenvolver pesquisas em sua área de atuação e promover cursos de graduação e pós-graduação”[10]. Desde 1975 o CPDOC possui o Programa de História Oral. O site encontra-se disponível no endereço <http://cpdoc.fgv.br/>, em português, onde atualmente estão disponibilizadas 900 transcrições de entrevistas para download em formato PDF.
Figura 9. Página do Centro de Pesquisa e
Documentação de História Contemporânea do Brasil na Internet.
Fonte: <http://cpdoc.fgv.br/>.
Núcleo de
Estudos em História Oral - USP (NEHO)
Criado no início da década de 1990 e sediado Universidade de São Paulo, o NEHO desenvolve projetos de pesquisa ligados à história oral, organiza eventos e outras atividades ligadas ao tema. O site do NEHO pode ser acessado pelo endereço <http://www.usp.br/neho/> e está disponível apenas em português. No site é possível encontrar a agente de eventos sobre história oral, transcrições de entrevistas e referências bibliográficas a temática. Há ainda um fórum de discussão sobre a temática.
Figura 10. Página do Núcleo de Estudos em História
Oral (NEHO) na Internet.
Fonte: <http://www.usp.br/neho/>.
Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI)
Criado em 1994, com sede na Universidade Federal Fluminense (Niterói-RJ), o LABHOI é um núcleo de referência em história oral. Em seu site na internet, acessado pelo endereço <http://www.labhoi.uff.br/>, são disponibilizados vídeos, textos, teses e dissertações.
Figura 11. Página do Laboratório de História Oral e
Imagem (LABHOI) na Internet.
Fonte: <http://www.labhoi.uff.br/>.
Revistas On-line
Em muitas revistas encontramos textos sobre história oral, no entanto, relacionamos aqui as revistas eletrônicas que publicam especificamente artigos sobre história oral ou estudos que utilizaram essa metodologia de investigação.
The Oral History Review <http://www.oralhistory.org/publications/oral-history-review/>.
Revista História Oral <http://revista.historiaoral.org.br/>.
Revista Memória em Rede <http://www.ufpel.edu.br/ich/memoriaemrede>.
Revista Literatura, História e Memória <http://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm>.
Voces Recobradas <http://vocesrecobradas.historiaoralargentina.org/>.
Words and Silences / Palabras y Silencio <http://wordsandsilences.org/>.
Revista Testimonios <http://testimonios.historiaoralargentina.org>.
Historia, Antropología y Fuentes Orales <http://www.hayfo.com/hafo/es/revista.html>.
Textos On-line
Na internet estão disponíveis vários textos sobre história oral. Aqui, selecionamos sete que consideramos importantes para aqueles que pretendem iniciar pesquisas utilizando a história oral como metodologia.
BARELA, L; MIGUEZ, M; CONDE, L. G. Algunos Apuntes Sobre Historia Oral. Instituto Histórico de la Ciudad de Buenos Aires. 2004. Disponível em: <http://www.historiaoralargentina.org/attachments/article/APUNTES.pdf>. Acesso em 07 out. 2012.
FRASER, R. La Historia Oral como Historia desde Abrajo. Disponível em: <http://www.ahistcon.org/docs/ayer/ayer12_05.pdf> Acesso em 07 out 2012.
Guia de Entrevista: Historia Oral. Disponível em: <http://www.ub.edu/antropo/tutorial/tecniques/complements/materials/T5material/T5_Guia_Thompson.pdf>. Acesso em 07 out. 2012.
MEIHY, J. C. S. B. Os novos rumos da história oral: o caso brasileiro. Revista História. [online]. 2006, nº 155, pp. 191-203. Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-83092006000200011&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 07 out. 2012.
OLIVEIRA, L. T. A História Oral em Portugal. Sociologia, Problemas e Práticas. Oeiras, n. 63, maio 2010. Disponível em <http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65292010000200008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 07 out. 2012.
SILVEIRA, E. S. História Oral e Memória: a construção de um perfil de historiador-etnográfico. In: Revista Eletrônica Ciência e Conhecimento, vol. 01, 2007. Disponível em: <http://www.cienciaeconhecimento.com.br/pdf/vol001_HiA2.pdf>. Acesso em: 07 out. 2012.
SOUZA, W. E. R. Limites e Contribuições da História Oral: a memória e a história nas interseções entre o individual e o coletivo. In: Revista de História [23]; João Pessoa, jul-dez. 2010. Disponível em: <http://www.cchla.ufpb.br/saeculum/saeculum23_dos06_souza-crippa.pdf>. Acesso em: 07 out. 2012.
Considerações Finais
Este trabalho não teve por objetivo encerrar ou aprofundar a discussão sobre historia oral. Pelo contrário, objetiva apresentá-la ao leitor e despertar no mesmo a vontade de conhecer mais afundo a metodologia.
Salientamos que, mesmo dispondo de inúmeras informações sobre a história oral, a internet não é o único meio para obtenção de informações. Os livros e revistas impressas sobre a metodologia são fundamentais para aqueles que desejam conhecer mais afundo a história oral para, posteriormente, utilizá-la em suas pesquisas. Além disso, é preciso atentar-se para os textos disponíveis na internet, ou seja, obter informações apenas de sites oficiais de associações e revistas eletrônicas para que não ocorra a utilização de fontes não confiáveis. A internet nos oferece um vasto campo de pesquisa, mas é preciso selecionar as fontes. Além disso, a pesquisa na internet não elimina a necessidade da pesquisa bibliográfica.
Em suma, esse texto é uma tentativa de disseminar ainda mais a importância da utilização de fontes orais nas pesquisas em Ciências Humanas. Esperamos que, após sua apreciação, o leitor possa se interessar ainda mais por essa metodologia e busque mais informações e discussões a respeito da mesma.
Notas
[2] Apud SCHMIDT; CAINELLI, 2009, p. 167.
[3] LE GOFF, 2003, p. 469 – grifo do autor.
[4] Ver NEVES, 2000, p. 109.
[5] Ver SCHMIDT; CAINELLI, 2009.
[10] <http://cpdoc.fgv.br/sobre>.
Recursos Eletrônicos
Ahozko Historiaren Artxiboa (AHOA). [On-line]. <http://www.ahoaweb.org/>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
Asociación de Historia Oral de la República Argentina (AHORA). [On-line]. <http://www.historiaoralargentina.org>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
Associação Brasileira de História Oral (ABHO). [On-line]. <http://www.historiaoral.org.br>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
Associação Internacional de História Oral (IHOA). [On-line]. <http://www.iohanet.org/>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
Centro de Pesquisa e Documentação Histórica do Brasil (CPDOC). [On-line]. <http://www.cpdoc.fgv.br>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI). [On-line]. <http://www.labhoi.uff.br/>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
Núcleo de Estudos em História Oral - USP (NEHO). [On-line]. <http://www.usp.br/neho/>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
Oral History Association (OHA). [On-line]. <http://www.oralhistory.org/>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
Oral History Society. [On-line]. <http://www.oralhistory.org.uk/>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
Historia, Antropología y Fuentes Orales (HAFO). [On-line]. <http://www.hayfo.com/hafo/es.html>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
Red Latino-Americana de Historia Oral (RELAHO). [On-line]. <http://www.relaho.org/>. [Consulta: em 7 de outubro de 2012].
SOUZA, Marcos Alvito Pereira de. Definições de História Oral. [On-line]. <http://www.opandeiro.net/cursos/apostilas/historia_oral/definicoes_hist_oral.pdf>. [Consulta em: 7 de outubro de 2012].
Recursos Bibliográficos
LE GOFF, J. História e Memória. Campinas: Unicamp, 2003.
MEIHY, J. C. S. B. Manual de História Oral. São Paulo: Loyola, 1998.
NEVES, L. A. História, Memória e Sujeito: substratos da identidade. In: História Oral, nº 3, p. 109-116, 2000.
SCHMIDT, M. A; CAINELLI, M. Ensinar História: pensamento e ação em sala de aula. São Paulo: Scipione, 2009.
[Edición electrónica del
texto realizada por Jeffer
Chaparro Mendivelso y Daniel
Santana Rivas].
© Copyright Sergio Aparecido Nabarro, 2012.
© Copyright Ar@cne, 2012.
Ficha bibliográfica:
APARECIDO NABARRO, Sergio. A Histrória Oral na Internet Ar@cne.
Revista electrónica de recursos en Internet sobre Geografía y Ciencias
Sociales. [En línea. Acceso libre]. Barcelona: Universidad de Barcelona, nº 165,
1 de noviembre de 2012. <http://www.ub.es/geocrit/aracne/aracne-165.htm>.