SIPRNet: O ponto de partida das comunicações diplomáticas
secretas
dos EUA
A Rede Roteadora de Protocolos Secretos da Internet ou
Secret
Internet
Protocol Router Network (SIPRNet)[1],
de onde se
originaram as comunicações diplomáticas dos EUA
[2], é a principal rede de computadores utilizada
pelo Departamento de
Defesa e de Estado dos EUA para transmissão de serviços de
comunicação, através do protocolo TCP/IP, e de informações
classificadas como secretas. A sua implementação ocorreu
logo após
o
"boom" da Internet comercial do início dos anos
90.
A SIPRNet foi constituída para garantir a troca
criptografada de informações classificadas como
confidenciais, para 820 instalações militares e instâncias do
Departamento
de Defesa em mais de 135 países, e também para
substituir
duas antigas
redes de banco de dados de defesa (Pike, 2000) -
Defense Data
Network
(DDN), Defense
Secure Network One (DSNET1)- constituídas com tecnologias
criadas, nos anos de 1980, pela Rede da Agência de Pesquisas em
Projetos
Avançados ou
Advanced Research Projects Agency Network
(ARPANet) [3].
A implantação da SIPRNet permitiu o aumento da eficência nas
transmissões de informações entre as agências de
inteligência e também as embaixadas dos EUA.
A SIPRNet suporta uma variedade de sistemas e redes do Departamento de
Defesa, como por exemplo
[4]:
Como se pode constatar, todos esses sistemas podem ser acessados pela Internet, e podem
ser objeto de investigação da geografia e das
ciências sociais.
Após os incidentes de 11/09, a SIPRNet além de oferecer serviços ao
Pentágono, estendeu os seus serviços de transmissão de informações às
agências de inteligência e de governo, tais como: o
Gabinete do Diretor Nacional de Inteligência, do Departamento de
Segurança Interna
(Department of Homeland Security) e o Birô
federal de
Investigação
(Federal Bureau of Investigation). Foi neste
período
que as redes diplomáticas civis e de caráter governamental foram
estrategicamente integradas às redes militares. Assim, o crescimento e
o uso da SIPRNet consagraram a adoção do modelo de Diplomacia Centrada
em Rede
(Net-Centric Diplomacy), planejado pelo Departamento de
Defesa
em 2006 (Warrick, 2010).
Segundo o Jornal Inglês
The Guardian [5],
desde 2005 a rede SIPRNet já
interconectava 180 embaixadas dos EUA em todo o
mundo e era acessada por mais de dois milhão e meio de
usuários, entre civis e militares. Mesmo com um número tão grande de
usuários acessando a SIPRNet, o Pentágono e o Departamento de Estado
alegam que
foi o soldado e analista de inteligência do Exército, Bradley Manning,
através um pen drive
quem forneceu ao
WikiLeaks as comunicações diplomáticas e os vídeos, que retratam os
crimes de guerra e os
assassinatos de dois Jornalistas da Agência Reuters, no Iraque.
O Departamento de Segurança
Interna, desde 2007, fundamentado na doutrina militar da "Guerra
Baseada
em
Rede" (
Network Centric Warfare - NCW),
através da elaboração do
plano
“The National Strategy For Homeland Security”, passou a
considerar o ciberespaço como fator estratégico para a segurança dos
EUA (Pires, 2009). Neste mesmo período, seguindo também a perspectiva
doutrinária da NCW, o DoD
reservou um bloco de 247 Bilhões de
IPv6, o que
equivalia a quase 25 por cento de todo o espaço de endereços IPv4
[6],
para
operacionalizar a gestão do sistema
de segurança de suas redes e para utilizá-lo da forma que
lhe
fosse mais conveniente. Uma reserva nessa proporção representa um
domínio
total do ciberspaço e a remilitarização da Internet
[7] que atualmente está sob a égide civil, uma
vez que, para
efetuar um ataque
cibernético em redes privadas ou públicas em qualquer país, seriam
necessários apenas alguns milhares de IPs.
Em 2008, no artigo "Governança Global da Internet: A representação de
topônimos de países no ciberespaço" (Pires, 2008), foi efetuado uma
descrição sobre o surgimento das principais redes mantidas pelo sistema
de segurança do DoD e se destacou também os seus diferentes níveis de
classificação hierárquicas e o seu controle total da Internet. O
controle e a extrema centralização da Governança da Internet (GI) por
um
só país (EUA), continuam mais forte do que antes, a despeito da
legitimidade da autoridade da ICANN e o atual modelo unilateral de GI
serem
amplamente questionados. Existe uma evidente assimetria na distribuição
regional dos servidores de nome da zona raiz da Internet, pois dos 13
servidores de nomes da zona raiz
existentes na Internet (Root Names Server), 10 estão nos EUA e, desses,
pelo menos 6 estão inteiramente sob controle militar
[8],
dirigidos para
garantir o seu sistema de cibersegurança (Pires, 2009).
A divulgação de 391.832 documentos sobre a guerra do Iraque, em
outubro de 2010, e 251.287 comunicações diplomáticas, em novembro, pelo
sítio-web
WikiLeaks, é um marco na história recente da investigação jornalística
internacional, porque essas comunicações deveriam estar
disponibilizadas, de forma
transparente e aberta, para os cidadãos de todos os países que lhes
dizem respeito, através de uma rede civil-diplomática e não
militar.
O WikiLeaks, As comunicações diplomáticas dos EUA e o Papel
da
Mídia Internacional: Uma leitura através da Geografia Política da
Diplomacia dos EUA
A
mídia internacional vem desempenhando um importante papel na divulgação
dos documentos, cumprindo a sua verdadeira missão de informar os fatos
de forma transparente aos cidadãos.
A divulgação desses documentos, no final de outubro e início de
novembro de 2010, contou com a participação de importantes jornais da
mídia internacional, tais como
The Guardian [9],
The New York Times
[10],
El País[11],
Le
Monde[12],
Der
Spiegel[13]e
vários blogs
internacionais
[14].
Esses cinco maiores jornais do mundo formaram uma rede internacional
para divulgar e publicizar a farta documentação disponibilizada pelo
WikiLeaks. Para o Editor do
El País, Javier Moreno, revelar o
que o
poder oculta é uma obrigação do jornalismo comprometido com a verdade
(Moreno, 2010), engajado éticamente com a verdade e a essência dos
fatos gerados, independentemente dos usos que eles possam vir a ter.
No entanto, outros importantes meios da mídia internacional, como
Wall
Street Journal e a rede
CNN, se negaram a participar
da
publicização
desses documentos. Estas duas grandes empresas negligenciaram a
importância dos documentos e a relevância histórica de publicizá-los.
Segundo o Jornal
The Washington Post [15], o
sítio-web WikiLeaks
classificou os
documentos em: Confidenciais (90,070); Não Classificados (75,792); Não
Classificados
para uso oficial (58,095); Secretos (11,322); Confidenciais não
fornecidos (4,678); Secretos não Fornecidos (4,330).
Para as Universidades esses documentos sugerem questões que devem ser
examinadas por estudiosos de geografia política internacional, de
geopolítica com relação aos espaços físicos estratégicos, do
ciberespaço e suas redes sociais e de diferentes áreas do conhecimento:
comunicação e jornalismo, ciências políticas, sociologia política,
Direito Internacional, etc. Deveríamos pesquisar e analisar as
informações fornecidas pelo WikiLeaks, até porque as diferentes
temáticas tratadas pelos documentos divulgados (Figura 1) dizem
respeito às questões de interesse de vários países no mundo, com
relação a suas estratégias econômicas-políticas e de soberanias
nacionais.
Figura 1. Temáticas tratadas pelos documentos divulgados pelo Wikileaks.
Fonte: Gráfico elaborado com base nos dados fornecidos
pelo The Washington Post, 2010.
Um extenso banco de dados dessas
informações foi
disponibilizado
pelo sítio do jornal alemão
Der
Spiegel (Figura 2), pelo espanhol
El País (Figura 3) e
pelo inglês
The Guardian (Figura 4), através de
mapas mundi ou de atlas interativos, com a localização de todos os
países incluídos nesta documentação. A partir de um navegador elaborado
em flash é possível ter acesso a todos os documentos e as análises
desses documentos tratadas pela mídia internacional.
Figura 2. Atlas interativo em Flash.
Figura 3. Atlas interativo em Flash. |
|
|
Figura 4. Atlas
interativo em Flash.
É importante analisar como as redes
sociais podem atuar
eficazmente para a difusão de dados tão volumosos com uma agilidade de
abrangência superior a qualquer outra mídia, que permitiram
desencadeamento de ações colaborativas (Capel, 2010) que ultrapassaram objetivos
específicos, fazendo com que os maiores e mais importantes meios de
comunicação, sítios-web e blogs se unissem para organizar e difundir
conjuntamente essas informações de interesse mundial.
Essas iniciativas mostraram que as redes colaborativas podem se
tornarem um contraponto fundamental às práticas autoritárias e
unilaterais.
As comunicações diplomáticas dos EUA sobre o Brasil
No caso do Brasil, é possível
verificar como os
EUA vêm interferindo em questões políticas nacionais sobre as
riquezas naturais do Brasil como, por exemplo, na Amazônia
[16]. Os
documentos
publicados pelo WikiLeaks denunciam articulações políticas para
assegurar a redução
da
reserva legal Amazônia. Muitos políticos brasileiros cederam
aos
interesses estadunidenses que, como é sabido, há décadas, querem
possuir suas riquezas minerais e vegetais.
Existe uma edição, em português, disponibilizada pelo WikiLeaks, dos
documentos da
"diplomacia dos
EUA" para o Brasil
[17], mas há
também um conjunto extenso de
documentos
importantes, em Inglês, que merece a nossa atenção. Segundo o Sítio-web
Opera Mundi, no total, são 2.855 documentos de representantes da
diplomacia dos EUA, sobre o Brasil
[18].
Esses documentos revelam os bastidores do lobby pelo ouro negro dos
estratos geológicos do
pré-sal
[19], do território
brasileiro, efetuado por empresas dos EUA, sendo fonte de pesquisa e
de denúncia tanto com relação aos políticos ou pessoas que ocupam
cargos estratégicos que estão traindo os interesses nacionais e
internacionais e aos cidadãos que neles depositaram sua confiança,
quando estes deveriam defender a soberania dos países.
Segundo ainda esses documentos, os EUA possuem interesses nos cabos
de transmissão submarinos em Fortaleza (Americas II e
GlobeNet)
[20], e
também interferem no gerenciamento de minas de ferro e nióbio
controladas por empresas inglesa e estadunidense (Rio Tinto Company e a
Anglo American) porque o nióbio é um mineral muito importante para
várias indústrias do
complexo militar dos EUA. Ele é considerado um mineral de interesse
geoestratégico para os EUA.
Outro caso que retrata a interferência da representação estadunidense
em assuntos internos do Brasil, foi à iniciativa de constituir lobby
na disputa pela venda de 36 caças para as Forças Aéreas Brasileiras
[21].
Neste caso, o WikiLeaks disponibilizou uma
carta
confidencial do embaixador Thomas Shannon
[22],
em que relata seu
estreito
relacionamento com o Ministro de Defesa, Nelson Jobim, que sempre lhe
informava sobre a posição do Estado brasileiro frente a negócios e
assuntos estratégicos para a defesa do Brasil .
A luta
do Movimento Sem Terra (MST) e a questão agrária
[23] também foram objetos
de interferência da representação estadunidense em assuntos
internos do Brasil. A
comunicação diplomática oficial de Thomas White "The MST Method: Work
the State, Alienate the Locals"
[24]
(O método MST: Trabalhar com
o
Estado, alienar os locais) é significativa. O WikiLeaks
disponibilizou 7 relatórios enviados entre 2004 e 2009, estes
documentos
revelam também como os EUA obtinham e investigaram a ocupação de uma
fazenda pertencente ao grupo
americano Farm Management Company
[25],
em Minas Gerais.
Outros documentos revelaram também o empenho dos EUA para a
implementação de transgênicos, o que lhes proporcionariam dividendos
com patentes e venda de produtos na Europa. Sobre essa questão o
El
País publicou uma importante coletânea de artigos
[26]. Como se
pode
observar a diplomacia estadunidense possui interpretações, ações e
objetivos muito precisos a respeito de minérios, energia, agronegócios,
florestas, localizações, infraestruturas e "recursos"
humanos específicos.
Estado de Direito, Direito Humanos e Práticas Autocráticas:
Os
EUA caminham para o Fascismo?
As reflexões a serem feitas estão
relacionadas às
contradições entre discursos e práticas porque, por trás dos discursos
sobre democracia e direitos humanos, existe uma autocracia que se
revela em sua prática nacional e internacional e em questões que dizem
respeito às relações exteriores e às relações políticas dos EUA com o
resto do mundo. Uma autocracia cujas ações se assemelham às das antigas
nações que adotaram práticas autoritárias, com intervenções violentas,
métodos fascistas, como definiu Boaventura Sousa Santos, no artigo
"Wikiliquidação
do império?" (Santos, 2010), e práticas políticas desleais que
contradizem
esse
discurso democrático que sempre foi apregoado.
As denúncias do artigo de Michael
Brenner, "Washington
faz o que condena em autocracias" (Brenner, 2010), são preocupantes
porque
práticas
e intervenções políticas nos EUA, como a censura à liberdade de
expressão, desrespeito aos direitos humanos, abuso de poder estão se
tornando corriqueiras, essas práticas também estão sendo realizadas por
eles em outros países .
Em Agosto de 2010, o jornal estadunidense
The New York Times mostra,
a
partir de informações fornecidas pelo WikiLeaks, uma animação
com a simulação das operações das tropas dos EUA no Afeganistão
[27]
(Figura 5). Em outubro, o jornal inglês
The Guardian publicou,
a
partir de
informações fornecidas pelo WikiLeaks, mapas elaborados com
Googlearth
das inúmeras mortes de civis no Iraque (Figura 6). Também vídeos
[28], divulgados pelo
WikiLeaks,
mostram como os soldados estadunidenses matam deliberadamente civis
inocentes nas ruas de Bagdá.
Figura 5. Simulação das Operações no
Afeganistão.
Figura 6.
Mapa
cotidiano das mortes no Iraque.
Após a publicização das comunicações do Departamento de Estado (Figura
7), os EUA reagiram numa operação de retaliação
[29] ou de
“caça às bruxas” ao WikiLeaks, às Redes Sociais (Twitter) e a um
de seus criadores, Julian Assange (Jinkings, 2011),
esta reação representou segundo John Pilger "uma resposta a uma
revolução da informação, que ameaça a ordem do velho poder, na política
e no jornalismo" (Pilger, 2011).
Figura 7. Números de comunicações por
embaixadas.
Os EUA também pressionaram prestadores de
serviços internacionais como
PayPal,
Amazon, Mastercard, Visa, Bank of America, entre outros, para que
estes
atuassem para inviabilizar financeiramente o WikiLeaks, porque este
sítio-web, além de demonstrar a vulnerabilidade de um sistema que se
dizia inviolável, secreto, de segurança máxima e de controle absoluto,
divulgou documentos que demonstram que os EUA violam e violaram
impunemente os direitos humanos, interferem nas políticas internas dos
países, conspiram contra países para obter o que lhes é conveniente, a
qualquer custo.
Conclusão
O modelo estadunidense de Diplomacia Centrado em Rede,
publicizado pelo WikiLeaks, revelou os bastidores de uma política
exterior equivocada, inescrupulosa e controlada por um poder militar
que muitos cidadãos estadunidenses estão também repudiando.
A
força e a união das redes sociais mostraram ser possível a publicização
de comunicações diplomáticas, contribuindo para o aperfeiçoamento da
democracia e defesa da liberdade de expressão e dos direitos humanos.
Através dessas iniciativas, é possível enfrentar a emergência de
ditaduras virtuais no ciberespaço.
Todos esses documentos
revelaram que por trás dessa política de ocultação enviesada
pró-estadunidense, existem “adeptos corrompidos”, que sendo
representantes políticos, empresários ou profissionais liberais que
ocupam cargos de poder decisórios em seus países, cedem às estratégias
dos lobbies para proveitos próprios, contrariando os princípios
legítimos da cidadania.
A partir dessa perspectiva, a defesa do
WikiLeaks representa a defesa da ética na política, a garantia da livre
representação soberana de todos os povos, nações e países do mundo e o
fortalecimento do movimento das redes sociais colaborativas.
Esses
fatos comprovam que a Internet é um espaço virtual de acumulação que
não pode ser mais controlado, desligado ou desacionado por um poder
militar de um único país, porque dar um "shutdown" na Internet
significaria, dar um shutdown no capitalismo em sua forma
financeira-informacional.
Seria interessante que todos os colaboradores e leitores da revista
Ar@cne
prestassem atenção à publicização dessas comunicações diplomáticas e se
lançassem à tarefa de investigar esta farta documentação disponível na
Internet, pois se forem reorganizados os temas relacionados às
questões estratégicas
de cada país, seria possível efetuar pesquisas extraordinárias em
diferentes áreas de investigação. Neste sentido, a publicização pela
Internet das comunicações diplomáticas dos EUA, oriundas da rede
militar SIPRNet, pelo sítio-web WikiLeaks merece atenção de todos os
geógrafos do mundo.
Notas
[1]
Ler os artigos: a) Guia para uso da SIPRNet publicado pela Texas
A&M University, em: <http://rf-web.tamu.edu/security/Security%20Guide/S1class/Siprnet.htm>
[Consulta: janeiro de
2011]
b) Federation of American Scientist: "Secret Internet
Protocol Router Network (SIPRNET)", in:
<http://www.fas.org/irp/program/disseminate/siprnet.htm>
[Consulta: janeiro de
2011]
c) Departamento de Defesa dos EUA, em: <http://www.defense.gov/brac/pdf/Report-Closure-FortMonmouth.pdf>
[Consulta: janeiro de
2011]
[2] Artigo publicado pelo
sítio-web da BBC de Londres "Siprnet: Where the
leaked cables came from", em: <http://www.bbc.co.uk/news/world-us-canada-11863618>
[Consulta: janeiro de
2011]
[3] Globalsecurity
"Defense
Data Network (DDN),
Defense Secure Network (DSNET)", in: <http://www.globalsecurity.org/intell/systems/ddn.htm>
[Consulta: janeiro de
2011]
[4]
Consultar o forum "Military and Government Projects: all top
secret data is stored and transmitted on secret government internet",
em: <http://www.abovetopsecret.com/forum/thread264825/pg3>
[Consulta: janeiro de
2011]
[5] Artigo publicado pelo
jornal
Inglês
The Guardian: "Siprnet: where America stores
its secret cables", in: <
http://www.guardian.co.uk/world/2010/nov/28/siprnet-america-stores-secret-cables>
[Consulta: dezembro de
2010]
[6] Miller 2010,
"DOD to allocate its IPv6 addresses Officials set a five-year migration
plan", in: <http://gcn.com/Articles/2007/02/03/DOD-to-allocate-its-IPv6-addresses.aspx?Page=1>
[Consulta: janeiro de
2010]
[7] Ditz 2010,
"Militarized
Internet will trample freedom Computer network safest in
private hands, not government's, in: <http://www.washingtontimes.com/news/2010/oct/7/militarized-internet-will-trample-freedom/>
[Consulta: janeiro de
2011]
[8] Pires 2009, "A Nova
Geografia das Redes no Ciberespaço: Impasses na localização geográfica
dos servidores da zona raiz da Internet", em: <http://www.cibergeo.org/artigos/Geografia_das_Redes_Anpege2009.pdf
> [Consulta: dezembro de
2010]
[9] The Guardian
<http://www.guardian.co.uk/world/series/us-embassy-cables-the-documents>
[Consulta: dezembro de
2010]
[10]
The New York Times <http://topics.nytimes.com/top/reference/timestopics/organizations/w/wikileaks/index.html?scp=1-spot&sq=wikileaks&st=cse>
[Consulta: dezembro de
2010]
[11]
El País <http://www.elpais.com/documentossecretos/>
[Consulta: dezembro de
2010]
[12]
Le Monde <http://www.lemonde.fr/documents-wikileaks/>
[Consulta: dezembro de
2010]
[13]
Der Spiegel <
http://www.spiegel.de/international/topic/wikileaks_diplomatic_cables/>
[Consulta: dezembro de
2010]
[14]
Citando alguns: Blog
Esquerda.Net <http://www.esquerda.net/>,
Viomundo.com.br <http://www.viomundo.com.br>,
Antiwar.com <http://www.antiwar.com>
[Consulta: dezembro de
2010]
[15]
The Washington Post <http://www.washingtonpost.com/wp-srv/special/nation/wikileaks-cable-analysis/?tid=grpromo>[Consulta:
dezembro de
2010]
[16]
WikiLeaks 2010, <http://213.251.145.96/Em-telegrama-embaixador-e.html>
[Consulta: dezembro de
2010]
[17] WikiLeaks 2010,
<http://wikileaks.ch/tag/BR_0.html>
[Consulta: dezembro de
2010]
[18] WikiLeaks 2010,
<http://www.viomundo.com.br/politica/wikileaks-2-855-documentos-sobre-o-brasil.html>
[Consulta: dezembro de
2010]
[19] WikiLeaks 2010,
<http://213.251.145.96/Nos-bastidores-o-lobby-pelo-pre.html>
[Consulta: dezembro de
2010]
[20] WikiLeaks 2010,
<http://213.251.145.96/A-lista-secreta-de-compras-do.html>
[Consulta: dezembro de
2010]
[21]WikiLeaks 2010, <http://213.251.145.96/EUA-tentaram-usar-Saito-e-Jobim.html>
[Consulta: dezembro de
2010]
[22]WikiLeaks 2010, <http://wikileaks.ch/cable/2010/02/10BRASILIA51.html>
[Consulta: dezembro de
2010]
[23]WikiLeaks 2010, <http://wikileaks.ch/Cablegate-os-relatorios-sobre-o.html>
[Consulta: dezembro de
2010]
[24]WikiLeaks 2010, <http://wikileaks.ch/cable/2009/05/09SAOPAULO317.html>
[Consulta: dezembro de
2010]
[25]WikiLeaks 2010, <http://wikileaks.ch/cable/2005/10/05BRASILIA2692.html>
[Consulta: dezembro de
2010]
[26]WikiLeaks 2010, <http://www.elpais.com/documentossecretos/tema/debate_de_los_transgenicos/>
[Consulta: dezembro de
2010]
[27]WikiLeaks 2010, <http://bits.blogs.nytimes.com/2010/08/18/visualizing-the-wikileaks-war-logs/>
[Consulta: dezembro de
2010]
[28]WikiLeaks 2010, <http://www.collateralmurder.com/>
[Consulta: dezembro de
2010]
[29]No dia 25 de
Dezembro de
2010, o Editorial
do Jornal The New York Times condenou as retaliações dos EUA ao
WikiLeaks, em: <http://www.esquerda.net/artigo/new-york-times-contra-bloqueio-financeiro-%C3%A0-wikileks>
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